*
Ainda agora acordei
da emoção que não senti,
do sonho que não sonhei
da vida que não vivi
do amor que não sei.
lc
sábado, 29 de setembro de 2007
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
"AMOR LIVRE"
"AMOR LIVRE"
Livre
inteira
e aberta
como um verso codificado.
Guardo
nosso segredo sem mêdo
no cofre das minhas mãos
como uma prece rezada
que se ajoelha
no altar do amor.
Não me ponha
mordaça
na boca para beijar
nem rótulos na emoção
para te querer.
O verdadeiro amor
não tem fronteiras!
Apenas uma ténue
frágil rede de sonho
entre o mergulho abrupto
do precipício.
luizacaetano
Livre
inteira
e aberta
como um verso codificado.
Guardo
nosso segredo sem mêdo
no cofre das minhas mãos
como uma prece rezada
que se ajoelha
no altar do amor.
Não me ponha
mordaça
na boca para beijar
nem rótulos na emoção
para te querer.
O verdadeiro amor
não tem fronteiras!
Apenas uma ténue
frágil rede de sonho
entre o mergulho abrupto
do precipício.
luizacaetano
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
" L I V R E S ? "
*
"L I V R E S ?
Livres
desfloramos o sonho,
possuímos a imagem,
habitamos a cor
influenciamos o ritmo,
interiorizamos a esperança .
Livres
sorvemos o sol dos dias que fogem
na voraz ilusão de que somos eternos
Livres,
vestimos o vácuo das renúncias
habitamos o tempo
esculpindo o futuro.
Livres,
respiramos o halo dos deuses
contra o absurdo muro do destino.
luizacaetano
"L I V R E S ?
Livres
desfloramos o sonho,
possuímos a imagem,
habitamos a cor
influenciamos o ritmo,
interiorizamos a esperança .
Livres
sorvemos o sol dos dias que fogem
na voraz ilusão de que somos eternos
Livres,
vestimos o vácuo das renúncias
habitamos o tempo
esculpindo o futuro.
Livres,
respiramos o halo dos deuses
contra o absurdo muro do destino.
luizacaetano
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
AVÉ MARIA DOS PECADORES
"AVÉ MARIA DOS PECADORES"
Avé Maria,
Mariaaaaaaaaaaaaaa!
Dá-nos a graça!
Dá-nos o pão!
Mariaaaaaaaaaaaaa,
dá-nos também a razão
nos abençoa o parir
mesmo os frutos não desejados
mesmo os abortadamente
assassinados!
Mariaaaaaaaaaaaa,
mesmo os concebidos em pecados
no ventre do prazer!
Mariaaaaaaaaaaaaa!
Avé Maria
Minha Raínha!
bendita entre as mulheres
nos perdoa
Tanto Amor vadio!
Tanta dor!
Tanto Cio!
Minha Nossa Senhora
Mãe de Jesus
Seja Nossa Redentora
no Teu caminho de Luz
Avé Maria,
Mariaaaaaaaaaaaaaa!
Dá-nos a graça!
Dá-nos o pão!
Mariaaaaaaaaaaaaa,
dá-nos também a razão
nos abençoa o parir
mesmo os frutos não desejados
mesmo os abortadamente
assassinados!
Mariaaaaaaaaaaaa,
mesmo os concebidos em pecados
no ventre do prazer!
Mariaaaaaaaaaaaaa!
Avé Maria
Minha Raínha!
bendita entre as mulheres
nos perdoa
Tanto Amor vadio!
Tanta dor!
Tanto Cio!
Minha Nossa Senhora
Mãe de Jesus
Seja Nossa Redentora
no Teu caminho de Luz
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
"POETA"
Vendilhão de sonhos!
Construtor de Templos!
Arquitecto da solidão!
Engenheiro de pontes sem cordas!
Fazedor de versos
inversos!
Domador de rimas choradas!
Não!
Não acredites no Poeta
Bandarilheiro do Amor!
Vagabundo sem profissão!
Mestre de cerimónias
e de Dizer!
Solitário na multidão!
Ter ou não Ser
o Mito e a Razão
Se,
tem asas e não voa?
- Coração de pássaro emigrante!
Irmão!
Amigo!
ou
Amante
O Poeta
apenas
precisa te inventar
para te amar
(L.Caetano)
Construtor de Templos!
Arquitecto da solidão!
Engenheiro de pontes sem cordas!
Fazedor de versos
inversos!
Domador de rimas choradas!
Não!
Não acredites no Poeta
Bandarilheiro do Amor!
Vagabundo sem profissão!
Mestre de cerimónias
e de Dizer!
Solitário na multidão!
Ter ou não Ser
o Mito e a Razão
Se,
tem asas e não voa?
- Coração de pássaro emigrante!
Irmão!
Amigo!
ou
Amante
O Poeta
apenas
precisa te inventar
para te amar
(L.Caetano)
"APOCALIPSE ASTRAL"
"APOCALIPSE ASTRAL "
"Para onde fores,
eu irei também,
nada..nada existe sem ti!
Minha terra fica árida!
Meu céu, fica sem sol!
Minhas noites sem luar!
Porque se tu és vida em mim,
como viver sem ti???"
As estrelas desistem
do seu destino estelar
a Lua se refugia
no mais longuínquo azimute
de sua esfera lunar
O Sol perde a Luz
crucificado em saudade
e
o Céu se confunde
com a escura terra
num abraço mortal
"Se partires,
eu irei também,
nada..nada existe sem ti!
Minha terra fica árida!
Meu céu, fica sem sol!
Minhas noites sem luar!
Porque se tu és vida em mim,
como viver sem ti???"
Meu laço imortal.
Guiseppe Fillipo
"Para onde fores,
eu irei também,
nada..nada existe sem ti!
Minha terra fica árida!
Meu céu, fica sem sol!
Minhas noites sem luar!
Porque se tu és vida em mim,
como viver sem ti???"
As estrelas desistem
do seu destino estelar
a Lua se refugia
no mais longuínquo azimute
de sua esfera lunar
O Sol perde a Luz
crucificado em saudade
e
o Céu se confunde
com a escura terra
num abraço mortal
"Se partires,
eu irei também,
nada..nada existe sem ti!
Minha terra fica árida!
Meu céu, fica sem sol!
Minhas noites sem luar!
Porque se tu és vida em mim,
como viver sem ti???"
Meu laço imortal.
Guiseppe Fillipo
terça-feira, 11 de setembro de 2007
"INVENÇÃO DOS DIAS"
*
"INVENÇÃO DOS DIAS"
Todos os dias
me invento criatura
em cada traço,
palavra verso
reverso ...
Pinto poemas no vento
me embriago de algas
na espiral de cada maré.
Os barcos passam ao longe
riscando de saudades
gaivotas no horizionte.
Todos os dias me invento
estátua de sal e de Sol
passam lentos os dias lentos
e as noites madrugam despertas
numa cobardia desistente.
Todos os dias me invento
caricaturadamente alada,
Todos os dias
me sento
na tua porta fechada
luizacaetano
"INVENÇÃO DOS DIAS"
Todos os dias
me invento criatura
em cada traço,
palavra verso
reverso ...
Pinto poemas no vento
me embriago de algas
na espiral de cada maré.
Os barcos passam ao longe
riscando de saudades
gaivotas no horizionte.
Todos os dias me invento
estátua de sal e de Sol
passam lentos os dias lentos
e as noites madrugam despertas
numa cobardia desistente.
Todos os dias me invento
caricaturadamente alada,
Todos os dias
me sento
na tua porta fechada
luizacaetano
POEMA PARA UM MENINO DA GUERRA
"POEMA PARA UM MENINO DO VIETNAME"
Menino-homem,
que trazes ruído de guerras
no olhar parado,
que trazes nos gestos cansados,
nesses gestos de menino-velho
patéticas imagens
de cadáveres bradando sangue
no verde dos teus caminhos!
Menino-homem,
tu
que acordaste espantado
no meio dum tempo que te roubou a idade,
Tu,
que acordaste homem
de mãos crispadas numa metralhadora!
Tu,
que nasceste roubado de tudo...
- até dos infinitos de azul
porque riscaram o teu céu
de negras bombas assassinas ?
e te vedaram os horizontes de menino?
Tu,
cujos braços
apenas aprenderam a matar,
Criança
também não sabes!
Também te roubaram
o dom maior do Ser Homem,
O DOM DE AMAR!
Menino - Homem,
como me dói pensar-Te!
Menino-homem,
que trazes ruído de guerras
no olhar parado,
que trazes nos gestos cansados,
nesses gestos de menino-velho
patéticas imagens
de cadáveres bradando sangue
no verde dos teus caminhos!
Menino-homem,
tu
que acordaste espantado
no meio dum tempo que te roubou a idade,
Tu,
que acordaste homem
de mãos crispadas numa metralhadora!
Tu,
que nasceste roubado de tudo...
- até dos infinitos de azul
porque riscaram o teu céu
de negras bombas assassinas ?
e te vedaram os horizontes de menino?
Tu,
cujos braços
apenas aprenderam a matar,
Criança
também não sabes!
Também te roubaram
o dom maior do Ser Homem,
O DOM DE AMAR!
Menino - Homem,
como me dói pensar-Te!
sábado, 8 de setembro de 2007
"OFEREÇO-TE"
MINHA TELA DE HOJE"
Desenho
um Sol Amarelo
sob um Céu Vermelho
rasgo-o de gaivotas
Pinto-o
de emoção,
Um peixe!
Uma Ave!
Uma onda!
Ao longe
um náufrago
em busca do seu Farol
Uma pincelada de sal
outra de sangue e de vida
pinto-lhe uma criança
olhos de interrogação
dedos adeuses de vento
Desenho um Sol Amarelo
no meu Céu vermelho
de espanto
onde as gaivotas
esvoaçam
esperanças vermelhas
lc
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
"G R I T O "
"G R I T O "
Envolve-me,
tal como uma Pietá
nos lençóis ensanguentados
desta dor...
Crucifica-me nos teus laços!
Ata-me com os nós
preversos do teu querer...
Me arrasta pelo cabelos
no Céu do teu espaço!
Devora o meu coração
com tua fome de Lobo!
Mata-me na fogueira!
(não foi lá que já morri?)
Mil mortes prefiro
a esta agonia
que dia-a-dia
me suicida.
lc
Envolve-me,
tal como uma Pietá
nos lençóis ensanguentados
desta dor...
Crucifica-me nos teus laços!
Ata-me com os nós
preversos do teu querer...
Me arrasta pelo cabelos
no Céu do teu espaço!
Devora o meu coração
com tua fome de Lobo!
Mata-me na fogueira!
(não foi lá que já morri?)
Mil mortes prefiro
a esta agonia
que dia-a-dia
me suicida.
lc
GRITO
"G R I T O "
Envolve-me,
tal como uma Pietá
nos lençóis ensanguentados
desta dor...
Crucifica-me nos teus laços!
Ata-me com os nós
preversos do teu querer...
Me arrasta pelo cabelos
no Céu do teu espaço!
Devora o meu coração
com tua fome de Lobo!
Mata-me na fogueira!
(não foi lá que já morri?)
Mil mortes prefiro
a esta agonia
que dia-a-dia
me suicida.
lc
Envolve-me,
tal como uma Pietá
nos lençóis ensanguentados
desta dor...
Crucifica-me nos teus laços!
Ata-me com os nós
preversos do teu querer...
Me arrasta pelo cabelos
no Céu do teu espaço!
Devora o meu coração
com tua fome de Lobo!
Mata-me na fogueira!
(não foi lá que já morri?)
Mil mortes prefiro
a esta agonia
que dia-a-dia
me suicida.
lc
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
"OFEREÇO-TE O PÔR-DO-SOL"
PÔR DO SOL
Ofereço - te ,
o pôr do Sol
parto ensanguentado
na tarde alvoraçada de cheiros.
Ofereço-te,
uma sinfonia de pássaros
misturados na folhagem
das árvores da minha praça
outonalmente vermelha.
Chapada branca de cal
entre o dia e entre a noite
Tocam os sinos na capela
crepúsculos e rezas secretas
Emanam odores da terra
suores, seivas e sémens
anestesiando as dores,
enquanto te penso e venço
nesta cruz de cada dia
e nela me penduro feliz.
luizacaetano
Ofereço - te ,
o pôr do Sol
parto ensanguentado
na tarde alvoraçada de cheiros.
Ofereço-te,
uma sinfonia de pássaros
misturados na folhagem
das árvores da minha praça
outonalmente vermelha.
Chapada branca de cal
entre o dia e entre a noite
Tocam os sinos na capela
crepúsculos e rezas secretas
Emanam odores da terra
suores, seivas e sémens
anestesiando as dores,
enquanto te penso e venço
nesta cruz de cada dia
e nela me penduro feliz.
luizacaetano
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
"GRAVIDEZ"
"GRAVIDEZ"
Te ofereço o Sol
Nesta manhã vermelha
de partos ensanguentados.
alvoroço de auroras,
de seivas,
de cheiros e de brisas,
esotéricamente
engasgados
no coração da vida.
Meu tronco! Minha Raíz!
Sinfonia de pássaros
sobre as folhas do orvalho.
Meu Sol ensaguentado
sémen semeado na terra
onde crucificadamente
me penduro feliz.
luizacaetano
Te ofereço o Sol
Nesta manhã vermelha
de partos ensanguentados.
alvoroço de auroras,
de seivas,
de cheiros e de brisas,
esotéricamente
engasgados
no coração da vida.
Meu tronco! Minha Raíz!
Sinfonia de pássaros
sobre as folhas do orvalho.
Meu Sol ensaguentado
sémen semeado na terra
onde crucificadamente
me penduro feliz.
luizacaetano
BORBOLETAS
"BORBOLETAS"
Pousam
em transparências
de Luz!
Irisdiscências
de cor!
Minúsculos seres
de Deus.
Tão poderosas!
Tão belas!
Tão precárias!
Como se nos trouxessem
uma lição de vida
na
sua passagem pela terra.
Belas!
Harmoniosas!
Etéreas!
Crisálido momento!
Voo de asa
cristalino!
Tão coloridas
e
Radiosas...
para logo
se esfumarem
num breve
destino
Apenas belo!
Apenas
e
fatalmente
efémero.
Pousam
em transparências
de Luz!
Irisdiscências
de cor!
Minúsculos seres
de Deus.
Tão poderosas!
Tão belas!
Tão precárias!
Como se nos trouxessem
uma lição de vida
na
sua passagem pela terra.
Belas!
Harmoniosas!
Etéreas!
Crisálido momento!
Voo de asa
cristalino!
Tão coloridas
e
Radiosas...
para logo
se esfumarem
num breve
destino
Apenas belo!
Apenas
e
fatalmente
efémero.
"NESTE MOMENTO"
"NESTE MOMENTO"
Apenas
os braços dos abraços
que não me abraçam.
Apenas
os gestos e os gritos,
sufocadamente
em cada estilhaço.
Apenas,
o vácuo quadrado
cortinado de saudades.
Apenas
o absurdo silêncio
a forma e o traço
no espaço que te desenha.
Visto-me de folhas
de calendário,
impacientemente
habito o tempo
luizacaetano
Apenas
os braços dos abraços
que não me abraçam.
Apenas
os gestos e os gritos,
sufocadamente
em cada estilhaço.
Apenas,
o vácuo quadrado
cortinado de saudades.
Apenas
o absurdo silêncio
a forma e o traço
no espaço que te desenha.
Visto-me de folhas
de calendário,
impacientemente
habito o tempo
luizacaetano
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