segunda-feira, 6 de agosto de 2007

AMOR DESENCONTRADO

"AMOR DESENCONTRADO"

Como poderei te perder
se nunca eu te encontrei

nem na fímbria dos sentidos
nem na geografia do corpo
meu barco de naufragar


Os rios não tinham margens
por onde corria a dor
nem a breve mágoa da água.

Não descobriste a cor
nem o odor do orvalho
no interior das ervas
nem o amor desperdiçado

Como poderia te encontrar
no vulcão de pedra malho

Minha raíz de ternura
meu tempo desencontrado
meu ódio minha amargura

LuizaCaetano

Sem comentários :